sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Os rios

Os rios que hoje vemos não são como os de antigamente.
Antes os rios eram tão limpos e dava até gosto de ver e ficarmos às margens dos mesmos, pois havia peixes em quantidade, para alimentar famílias inteiras e ainda sobejava. 
Os pescadores, com suas varas, ficavam contentes ao pescarem, pois sabiam que levariam para suas casas uma bela fieira com muitos  peixes, para saborearem, juntamente com suas famílias, seja na hora do almoço ou do jantar.
Hoje, para se pescar, existem os pesqueiros, onde muitos pescadores passam horas a se distraírem e até concorrem uns com os outros, para saberem quem é o melhor pescador.
Pescam o peixe e fotografam a proeza, para deixarem registrado, como troféu, a imagem do peixe pescado e até postam no Facebook, para mostrarem a todos o quanto são bons como pescadores.
Se o pescador quiser levar o peixe, é claro, tem que pagar o alto valor, se quiser realmente, comer o troféu pescado.
Hoje, os rios estão poluídos e os peixes estão morrendo, por falta de oxigênio e por tóxicos lançados nas águas.
Região de Pirapora do Bom Jesus

Os rios estão cheios de lixo, espumas boiando sobre as águas negras e mal cheirosas e esgotos sendo lançados às suas margens, trazendo doenças diversas às pessoas, que por sua vez, nada podem fazer, porque o desprezo do governo, quanto a essa situação, não se importa com nada, deixando os cidadãos à mercê de muitas contaminações.
Marginal Tietê

Foi-se o tempo em que podíamos levar nossas famílias às margens dos rios, para passear e fazer um belo pic-nic, comer uma comida gostosa e ouvir uma música agradável e rirmos gostosamente por nada.
Marginal Tietê na década de 40

Tenho saudades das águas limpas dos rios, de ver os peixes nadando, de sentir o perfume das flores, de sentar-me à beira dos rios, em suas gramas verdejantes e de contemplar os pássaros cantando nas árvores e vê-los felizes em revoada.
Rio Tietê em meados de 20




Dirce Pereira Gonçalves 4º B

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

E a falta d'água continua...

CRISE HÍDRICA
   Imagine o desespero: querer um copo de água e não ter. Nem mesmo para matar sua sede!
   Com o esvaziamento dos reservatórios e a falta de chuva, São Paulo se afogou na maior crise hídrica dos últimos 80 anos. Mesmo se chover e a população compreender a necessidade urgente de uma redução drástica no consumo de água, ainda será preciso haver um plano de gestão mais eficiente. 


   A recuperação do nível do sistema Cantareira, pode levar até 10 anos. Enquanto isso, a população vai continuar a crescer e em algumas décadas, pode ser que nem os reservatórios atuais deem conta do recado. Mas a falta de água pode ser minimizada através da mobilização social ou organização comunitária, com soluções inovadoras e de baixo custo. 


   Acompanhe a seguir trechos selecionados das entrevistas feitas por estudantes do 4º módulo do CIEJA Ermelino Matarazzo. Nestas entrevistas os estudantes conversaram com a população de Ermelino Matarazzo para ver o que pensam a respeito da crise hídrica e o que tem feito para economizar água. 


   Você acha que o governador do estado de São Paulo Geraldo Alckmin tem responsabilidade na crise da água?
   Jucilene da Conceição (moradora de Ermelino Matarazzo): Sim, porque ele já sabia bem antes que isso poderia acontecer no futuro e nada fez.
   O que o governo e a SABESP tem feito para resolver o problema de abastecimento de água em São Paulo?
  Cleiton Roberto (morador de Ermelino Matarazzo): A SABESP ofereceu descontos de até 30% na conta para quem economizasse água em São Paulo, também investe em obras para captação de volume morto das reservas.
    Valdecir Batista (morador de Ermelino Matarazzo): Infelizmente o governo e a Sabesp pouco fazem para resolver o problema referente à crise da água, estão sempre transferindo a responsabilidade à população. 


   Conversamos também com a vice-presidente do conselho municipal do meio ambiente (CADES), da subprefeitura de Ermelino Matarazzo, Eliana Aparecida de Paulo: Em sua opinião, o que é possível fazer em curto prazo para amenizar essa crise?
   Eliana de Paulo: Nesse momento, é muito importante criar ações visando a relevante redução do consumo de água, a eliminação de toda e qualquer perda nas redes de abastecimento, investimento em fontes alternativas subterrâneas e de captação da chuva e sistema de reuso.

Diante desse cenário preocupante não podemos ficar de braços cruzados esperando São Pedro operar milagres. Podemos mudar hábitos e tomar algumas atitudes para enfrentar o problema. E você? O que sugere? Vamos navegar em algumas páginas interessantes sobre o tema: Volume Vivo - A Água de Dentro - Episódio 2 ; Sempre Sustentavel. E não deixe de prestigiar nosso aluno poeta André Luis do 4º módulo.

 

terça-feira, 19 de maio de 2015

CRISE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM SÃO PAULO

(Produção textual coletiva feita pelos estudantes do 4º Módulo B)
Durante as aulas desse primeiro semestre de 2015, os alunos e alunas do 4º Módulo B estão discutindo a respeito da crise de abastecimento de água em São Paulo. Para direcionar estas discussões utilizamos como base dois textos chamados: “FALTA D’ÁGUA EM CIDADES TEM A VER COM DEVASTAÇÃO DESENFREADA DA AMAZÔNIA” e COLAPSO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA NÃO É CULPA DA NATUREZA”. 

No caso do primeiro texto o tema central é o desmatamento da floresta Amazônica que, com menos árvores gera menos umidade na atmosfera e, portanto menos chuvas. Esta umidade produzida na Amazônia é trazida pelas correntes de ar desde as cordilheiras dos Andes, influenciando na formação de chuvas na região sudeste do Brasil, inclusive em São Paulo.
Já no segundo texto, o autor faz uma critica à crise de abastecimento de água ao afirmar que o governo está mais preocupado  com a geração de lucro através da privatização de 40% da SABESP e culpa a natureza para explicar o problema da “falta d’agua”. Pesquisas já previam, há dez anos,  que aconteceria uma crise hídrica  caso não houvesse planejamento e investimento na melhoria da captação e tratamento de água e esgoto das grandes cidades. 

      Após a leitura e interpretação desses textos, realizamos um debate comparando as ideias desenvolvidas por ambos. Formulamos reflexões a partir de perguntas como: Quais medidas poderiam ser tomadas para melhorar e fiscalizar o desmatamento na Amazônia? Qual seria o fator que gera a crise hídrica em São Paulo, o desmatamento ou a falta de planejamento? O que poderíamos fazer para modificar a lógica do “lucro sempre em primeiro lugar”?

Para participar deste debate com críticas e sugestões, acesse os sites: Água para quem?Aliança pela águaRios e RuasExiste água em SPVolume Vivo


terça-feira, 3 de março de 2015

8 de Março Dia das mulheres

Por qual motivo se comemora o dia da mulher em 8 de Março se todos os dias são delas?
Desde a revolução industrial os trabalhadores vêm lutando por melhores condições de trabalho, salário digno e jornadas menores. As mulheres se organizam desde o começo do século passado. As conquistas ocorreram a partir de greves desde os anos de 1910 e 1920. Houve o terrível caso do incêndio que provavelmente foi criminoso, matando 130 operárias de uma fábrica de tecidos de Nova York (Estados Unidos), em Março de 1911.
Outras mobilizações marcaram o mês de Março como as operárias russas que em 1917 que protestaram contra a fome, as más condições de trabalho e as crueldades da primeira guerra mundial. 

E as mulheres brasileiras? Como estão? No Brasil também houve avanços. A conquista do voto em 1932, já que antes apenas os homens podiam escolher os governantes. Em 1985 surgiu a primeira Delegacia especializada da Mulher. Em 2006 entrou em vigor a Lei Maria da Penha, que pune de forma mais severa toda e qualquer tipo de violência contra as mulheres. A partir de 2010 o benefício de Licença Maternidade foi ampliado de 4 para 6 meses, oferecendo mais cuidados ao bebê e sua nutrição. Nesse Fevereiro de 2015 foi inaugurada a primeira Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O complexo oferece serviços como delegacia, juizado, defensoria, orientação para emprego e renda, além de brinquedoteca e área de convivência para mulheres vítimas de violência e em situação de risco. 

“O dia 8 da Março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi conquistado em diversos países”, explica a professora Maria Célia Orlato Selem, mestre em Estudos Feministas pela Universidade de Brasília e doutoranda em História Cultural pela Universidade de Campinas.
A luta não pode parar. Nossa sociedade ainda é muito machista e isso traz uma série de dificuldades para as mulheres. Vamos juntos construir dias mais justos e iguais. 

Vamos aproveitar e responder um questionário sobre a mulher em nossa sociedade?
Clique aqui e manifeste sua opinião!