quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Reperformance de Gentrificação feita originalmente pelo coletivo Parabelo

          
Durante a aula de Linguagens e Códigos com a professora Denise na turma do 4ºF, no mês de Maio, começou um estudo a respeito da reperformance.
O trabalho escolhido para ser reperformado "Gentrificação" feito pelo coletivo Parabelo pela primeira vez em 2013 nas ruas do bairro do Belém em São Paulo.
A motivação para realizar esta performance em Ermelino Matarazzo partiu do interesse de algumas pessoas da turma em realizar trabalhos sociais com moradores em situação de rua, crianças abandonadas e viciados em drogas.
Ao pensar no sentido do termo "Gentrificação", que da nome para a performance é possível associá-la a uma questão social.  Pois gentrificação se refere a um processo que ocorre com as populações pobres, resultando na expulsão destas para que haja uma valorização e imobiliária e o embelezamento de um determinado espaço.

Esta performance começa com a procura de um local relacionado  ao tema neste caso, escolheremos  uma esquina da Avenida Paranaguá, centro comercial de Ermelino Matarazzo, bairro  da zona leste de São Paulo. Havia uma motivação. Esta esquina ficava de frente para uma construção, então começamos a forrar uma parte da calçada com folhas de jornal de classificados imobiliários. Assim, Rosa, outra estudante, começou a abordar as pessoas que passavam por ali e os trabalhadores da construção para "escolherem" um imóvel "sem compromisso" e circulassem este corpo embrulhado da performer poucos instantes, o trânsito começou a parar aproximaram-se curiosos perguntando "o que está acontecendo?" "Alguém morreu?" "É pegadinha?!" "É protesto?" Muitos demonstraram medo do desconhecido, fizeram o sinal da cruz, praguejaram, desviaram o caminho para fugir do acontecido. Chegaram a gritar "defunto, seu corno, se você levantar eu te encho de murro" outros prometeram trazer flores, ameaçaram jogar gasolina e atear fogo. A ação desencadeou uma discussão a respeito da ética.

Foram muitas as impressões, risos e sensações que dali surgiram. Descobrimos, por exemplo, que antes de existir aquela construção, o terreno era um campo de futebol e um parque de diversões, espaço aberto de lazer da população local. Agora, este espaço foi privatizado e só aqueles que possuem dinheiro podem usufruir deste.


Então quando Cecília repentinamente rompeu o casulo de jornal e "renasceu" retornamos para o CIEJA em uma procissão do vivo! Voltamos à rotina porém transformados.