Durante
a aula de Linguagens e Códigos com a professora Denise na turma do 4ºF, no mês
de Maio, começou um estudo a respeito da reperformance.
O
trabalho escolhido para ser reperformado "Gentrificação" feito pelo coletivo
Parabelo pela primeira vez em 2013 nas ruas do bairro do Belém em São Paulo.
A
motivação para realizar esta performance em Ermelino Matarazzo partiu do
interesse de algumas pessoas da turma em realizar trabalhos sociais com
moradores em situação de rua, crianças abandonadas e viciados em drogas.
Ao
pensar no sentido do termo "Gentrificação", que da nome para a performance é
possível associá-la a uma questão social.
Pois gentrificação se refere a um processo que ocorre com as populações
pobres, resultando na expulsão destas para que haja uma valorização e imobiliária
e o embelezamento de um determinado espaço.
Esta
performance começa com a procura de um local relacionado ao tema neste caso, escolheremos uma esquina da Avenida Paranaguá, centro comercial
de Ermelino Matarazzo, bairro da zona
leste de São Paulo. Havia uma motivação. Esta esquina ficava de frente para uma
construção, então começamos a forrar uma parte da calçada com folhas de jornal
de classificados imobiliários. Assim, Rosa, outra estudante, começou a abordar
as pessoas que passavam por ali e os trabalhadores da construção para "escolherem" um imóvel "sem compromisso" e circulassem este corpo embrulhado da performer
poucos instantes, o trânsito começou a parar aproximaram-se curiosos
perguntando "o que está acontecendo?" "Alguém morreu?" "É pegadinha?!" "É
protesto?" Muitos demonstraram medo do desconhecido, fizeram o sinal da cruz,
praguejaram, desviaram o caminho para fugir do acontecido. Chegaram a gritar "defunto, seu corno, se você levantar eu te encho de murro" outros prometeram
trazer flores, ameaçaram jogar gasolina e atear fogo. A ação desencadeou uma
discussão a respeito da ética.
Foram
muitas as impressões, risos e sensações que dali surgiram. Descobrimos, por
exemplo, que antes de existir aquela construção, o terreno era um campo de
futebol e um parque de diversões, espaço aberto de lazer da população local.
Agora, este espaço foi privatizado e só aqueles que possuem dinheiro podem
usufruir deste.
Então
quando Cecília repentinamente rompeu o casulo de jornal e "renasceu" retornamos para o CIEJA em uma procissão do vivo! Voltamos à rotina porém
transformados.